5 de set. de 2013

Quando a igreja serve a política.



Uma das coisas que mais me deixa irritado na igreja hoje em dia é a política, e não falo de uma política por cargos eclesiástico.

Se achegar mais com o pastor, a mão direita fazer e contar logo para a esquerda. Não ir apenas em um hospital Orar, mas fazer congresso e campanhas, trazer pregadores de renome e movimentar a congregação. Assim pensam muitos daqueles que almejam cargos dentro das igrejas, e fazem suas políticas e negociatas internas por um título ministerial que lhe dará mais status no meio da igreja e um futuro mais sossegado.


A igreja tem que reconhecer seus erros e de certa forma “lamber suas feridas” levantar a cabeça e começar a lutar contra essas coisas que dividem e envergonham o reino de Deus.


Bem, mas a política que eu queria falar aqui é outra. Aquela bem conhecida pela população, a política que promete a solução dos nossos problemas de quatro em quatro anos. Dos homens engravatados de fala firme e palavreado fácil.

Antes de tudo para que possam entender a posição deste jovem blogueiro, quero deixar (antes de mais nada) bem claro que sou apolítico, não tenho partido e sou contra a maioria dos políticos, salva-se raras exceções.

Como consta no título da postagem, eu particularmente passo mal quando vejo a igreja servindo aos políticos. Quase sempre recebo um folder ali outro lá de um político crente, destes que professam a mesma fé que eu.

E sempre me pergunto de onde ele sabe meu nome ou conseguiu meu endereço, e logo entendo que na ficha que preenchi na minha igreja tem todas aquelas informações. O que na minha ingenuidade pensava servir para o pastor saber onde moro caso eu fique alguns meses ou dias sem aparecer na igreja e incomunicável, na verdade também serve como “banco de dados” muito útil em períodos próximos as eleições.



Uma vergonha!


Lembro de alguns irmãos que se baseiam em José e sua história no Egito para justificar suas candidaturas, eles dizem que Moisés era homem de Deus e foi governador do Egito. Bem, deveriam lembrar que este homem tinha um propósito em sua vida, interpretar os sonhos do faraó. Talvez Deus tivesse se preocupando com os Israelenses que viviam por lá.

Por outro lado eu entendo que se Deus quisesse um homem com status social não teria trazido a terra um Messias que não tinha onde reclinar sua cabeça. Ele deveria atender aos judeus e nos apresentar um guerreiro, um líder político que governasse dando ordens em tudo e a todos.

No entanto Deus opta por um homem humilde e desapegado do mundo, com um discurso desinteressante para muitos quando dizia para “dar a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus”, um homem que mandava todos “largarem tudo o que tinham para seguí-lo”.

Um homem que de certa forma afrontava o alto clérigo apostólico da sua época, que questionava o sistema, que condenava o pecado e ainda assim por todos eles, morreu.


Devemos entender que tudo gira em torno de Cristo, e Dele tiramos todos os ensinamentos para que vivamos mais e melhor com Ele e para Ele.


A mim pouco importa se o José Fortunati prefeito de Porto Alegre é evangélico, até porque isso para ele não deve significar muito quando se trata de fazer política. Ao contrário de muitos crentes que se enchem de orgulho disso e até por esse motivo votam nele.

Seria muito melhor se ele levantasse essa bandeira do Cristianismo mais alto. E se de certa forma ele trabalhasse para o povo de Deus, se não, de nada nos vale ter um prefeito crente quando tanto ele quanto qualquer outro deverá governar igualmente para todos. Isso é o básico e o básico já vem sendo feito há muitos anos.


José foi um governador democrático no Egito? Boa pergunta não? Eu sei de outro líder que não me pareceu nenhum pouco democrático.

Este é Moisés, pois se tivesse sido democrático não teria livrado apenas o povo de Deus do Egito, mas também os próprios egípcios das garras do faraó.

O crente tem que ser luz do mundo e sal da terra, se ele não for luz de nada adianta ser crente e agir da mesma forma que o resto das pessoas.


Definitivamente um Cristão se reconhece pelas atitudes, atitudes de amor, de paz e de justiça. Eu particularmente queria muito um político cristão, que governasse com todos esses requisitos básicos da fé cristã, no entanto tudo que eu vejo são homens cobiçosos, invejosos e maus e outros tantos nas igrejas usando do fator comunhão para se eleger, ou apenas um rótulo de crente para se promover, quando no final suas atitudes e ações não condizem com a fala do início da campanha.

Meu sentimento nas eleições é que Deus levante mais Moisés e menos Josés.



Augusto Marques

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